
- Meditar é não pensar.
Este é um dos mitos mais clássicos. Meditar não significa ficar com a mente vazia. O nosso cérebro foi feito para pensar, é impossível parar por completo o fluxo de pensamentos. Mas é possível reduzi-lo e nos distanciarmos do seu conteúdo, apenas observarmos o que vai surgindo. E entregarmo-nos a esse processo.
- Meditar tem de ser pelo menos 1 hora.
Não há um timing definido para meditar. Ao início é normal só conseguirmos 5 a 10 minutos mas à medida que vamos treinando esse tempo aumenta.
O mais importante é não desistir e dedicarmos uns minutos do nosso dia a esta prática.
A frequência é mais relevante que a intensidade. A frequência cria o hábito.
- Meditar não é para mim.
Meditar é para todos. É uma prática que reduz o stress e a ansiedade. Acalma e recentra-nos. Permite-nos viver a vida com mais clareza.
Desta forma, contribui para uma melhoria do sistema cardiovascular com menor probabilidade de ocorrência de enfarte do miocárdio (“ataque cardíaco”) e AVC bem como melhoria da saúde mental com menor incidência de depressão e transtornos da ansiedade.
- É obrigatório permanecer em posição de lótus.
Não. Esta posição não é confortável para a maioria das pessoas numa fase inicial. O importante é estar numa posição confortável com a coluna direita, a anca e os pés bem apoiados para que não ocorra desconcentração. Pode ser utilizada uma cadeira, uma poltrona ou apenas sentar no chão.
Cada um encontrará a sua posição de conforto.
- Meditação faz parte de uma religião.
Não. A meditação faz parte de um estilo de vida saudável e não está associada a uma religião. Qualquer pessoa pode fazer, sem interferir nas crenças religiosas.
- Só é possível meditar sozinho e em silêncio.
É um mito. É possível meditar num ambiente barulhento e com confusão. O objectivo é concentrarmo-nos e abstrairmo-nos dos pensamentos e do ruído exterior. A meditação é um momento de nutrição do nosso próprio ser. Quanto mais praticarmos e nos conectarmos mais fácil será meditar em ambientes adversos.
Sem dúvida que o mais importante é começar. Escolher um local tranquilo e uma hora do dia para nos dedicarmos a esta prática. O ideal é ser feito todos os dias à mesma hora para que o nosso corpo se habitue e crie rotina. O facto de não nos comprometermos diariamente ou quase diariamente e não estabelecermos uma hora exacta, deixando para quando tivermos tempo, é um caminho para a desistência.
O início requer carinho e amor para que possamos abraçar esta prática na nossa vida.